Arqueólogos israelenses encontraram um esqueleto acorrentado de aproximadamente 1.500 anos durante escavações.
A descoberta aconteceu no monastério bizantino de Khirbat el-Masani, a cerca de três quilômetros de Jerusalém, e chamou atenção pelo fato de o corpo estar envolto em pesadas correntes de metal, um costume associado a práticas ascéticas extremas.
Esqueleto acorrentado era de uma mulher
Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que os restos mortais pertenciam a um homem de 30 a 60 anos. Esse equívoco se baseava na tradição monástica da época, onde monges utilizavam correntes para demonstrar devoção religiosa.
Contudo, uma análise detalhada dos peptídeos no esmalte dentário revelou que o corpo, na verdade, era de uma mulher.
O estudo, publicado no Journal of Archaeological Science: Reports, utilizou uma técnica avançada para identificar proteínas presentes nos dentes.
LEIA TAMBÉM
Macaco de negócios
Macaco invade escritório e é flagrado “assinando” documentos
DIFERENTÃO!
Peixe com cabeça de alienígena é capturado por pescador: vídeo
A ausência do gene AMELY, encontrado no cromossomo Y, e a presença do gene AMELX, característico do cromossomo X, confirmaram que se tratava de uma mulher.
A descoberta surpreendeu especialistas, já que, na época, mulheres ascetas não costumavam adotar práticas extremas como o uso contínuo de correntes pesadas.
Normalmente, elas optavam por formas menos rigorosas de penitência e isolamento espiritual, enquanto os homens chegavam a se autoflagelar e viver no topo de pilares.
O fato de essa mulher ter sido enterrada com as correntes indica que sua dedicação à fé foi altamente respeitada. Esse achado fornece novos insights sobre a diversidade das práticas religiosas e o papel das mulheres no ascetismo cristão do século V.