Regulação de Big Techs no Brasil alerta Trump

Contexto internacional molda decisão brasileira

O alerta de Rubens Barbosa não surge isoladamente, mas reflete um histórico de tensões entre Brasil e Estados Unidos em temas comerciais e tecnológicos. Durante sua passagem como embaixador em 2002, ele negociou com sucesso a exclusão do aço brasileiro de tarifas impostas por George W. Bush, um cenário que Barbosa compara ao atual governo Trump. Hoje, o contexto é diferente: as big techs são o foco, e os EUA as veem como pilares de sua economia e influência global. No Brasil, a pressão por regular essas empresas cresceu nos últimos anos, impulsionada por preocupações com privacidade, desinformação e poder econômico dessas gigantes.

 

Países como Canadá e China já sinalizaram retaliações a medidas americanas, mas o Brasil, segundo Barbosa, não tem o mesmo “cacife” para ameaças diretas. Assim, o governo Lula estuda alternativas, como uma “digital tax” sobre o faturamento dessas empresas, uma ideia debatida na OCDE e que poderia ser acelerada como resposta a tarifas americanas. A experiência de Barbosa sugere que negociar é a melhor saída, especialmente porque a Organização Mundial do Comércio (OMC), enfraquecida pelos EUA, não oferece suporte robusto ao Brasil nesse embate.

 Desafios da Regulação no Horizonte

Futuro das relações Brasil-EUA em jogo

A regulação das big techs no Brasil, portanto, coloca o governo Lula diante de um dilema estratégico que pode redefinir as relações com os Estados Unidos nos próximos anos. Rubens Barbosa defende que a negociação é o caminho mais viável, evitando um embate direto com Trump, cuja influência sobre as gigantes da tecnologia é crescente. Enquanto isso, o Brasil busca inspiração em modelos internacionais, como a taxação digital do Canadá, para fortalecer sua posição sem provocar uma crise diplomática.

 

O futuro dependerá da habilidade do governo em articular uma política que concilie interesses nacionais e pressões externas. Se bem-sucedida, a regulação pode posicionar o Brasil como líder em soberania digital na América Latina; se mal conduzida, pode resultar em retaliações que prejudiquem a economia. Para saber mais sobre esse cenário, acompanhe as atualizações em Agora Notícias Brasil e explore análises detalhadas na categoria Mundo. O desfecho dessa questão promete reverberar além das fronteiras nacionais, moldando o equilíbrio de forças no cenário global.

Via:Revista Oeste

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