A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Vaticano para o funeral do Papa Francisco gerou questionamentos sobre a transparência na composição da comitiva. Inicialmente, o governo divulgou uma lista oficial, mas omitiu alguns nomes que, posteriormente, foram confirmados após insistência da imprensa. Entre os não revelados inicialmente, destacam-se a tesoureira nacional do PT, Gleide Andrade, e a procuradora da Fazenda Nacional, Rita Nolasco, que é namorada do presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
O Palácio do Planalto confirmou a presença de ambos somente após três dias de questionamentos por parte dos veículos de comunicação. A ausência desses nomes na relação divulgada na véspera da viagem, em 24 de abril, levantou dúvidas sobre os critérios utilizados para a seleção dos integrantes da delegação. Rita Nolasco, além de seu cargo na AGU, tem acompanhado Barroso em eventos oficiais desde 2024.
Outro nome que não constava na lista original era o de Gilberto Carvalho, ex-ministro e atual Secretário Nacional de Economia Popular e Solidária. A omissão desses nomes gerou críticas em relação à transparência da composição da comitiva, uma vez que o governo não havia informado inicialmente a presença de acompanhantes e cônjuges de autoridades.
A lista oficial divulgada pelo governo incluía figuras como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Parlamentares como Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e Hugo Motta, presidente da Câmara, também integravam a delegação.
A confirmação posterior dos nomes de Gleide Andrade, Rita Nolasco e Gilberto Carvalho evidencia a necessidade de maior clareza na divulgação das informações relativas às comitivas presidenciais. A reportagem procurou o STF para comentar a presença de Rita Nolasco na comitiva, mas não obteve resposta até o momento.