Carlos Lupi renunciou ao cargo de Ministro da Previdência em meio a uma crise desencadeada por denúncias de fraudes no INSS, conforme revelado por reportagens do Metrópoles. No entanto, fontes internas indicam que Lupi pretende manter sua influência na pasta, mesmo após sua saída.
O Palácio do Planalto anunciou que Wolney Queiroz, até então secretário-executivo do ministério, assumirá a liderança da Previdência. A escolha de Queiroz, aliado de longa data de Lupi e também membro do PDT, levanta questionamentos sobre a real mudança na condução do ministério.
A relação entre Lupi e Queiroz é de proximidade e lealdade. Em março, o novo ministro prestou homenagem ao seu antecessor nas redes sociais, destacando uma amizade de 35 anos e a convergência de ideias dentro do PDT. “Tenho a honra de seguir sob sua liderança, sem nunca ter dado um voto contrário às suas determinações”, escreveu Queiroz.
Nos bastidores, integrantes do PDT relataram que Lupi já vinha sofrendo pressão interna no governo, o que o teria motivado a pedir demissão. A manobra de indicar um aliado próximo pode ser vista como uma estratégia para mitigar os efeitos da crise e preservar o poder político do grupo.
A crise na Previdência ganhou força após a divulgação de dados que revelaram um aumento expressivo no faturamento de entidades ligadas a descontos previdenciários, enquanto essas mesmas entidades enfrentavam milhares de processos por acusações de fraude contra aposentados, na chamada Operação Sem Desconto.
Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br