Mulher alega ter ganho R$202 milhões na Mega-Sena, mas aposta não foi registrada e caso vai à Justiça

Uma empresária da Paraíba alega ter sido a ganhadora de um prêmio de R$ 201,9 milhões na Mega-Sena, mas enfrenta uma disputa judicial porque o bilhete supostamente premiado não foi registrado. A Justiça da Paraíba determinou que a Lotérica São Bento apresente as imagens das câmeras de segurança do dia da aposta, em uma decisão que pode ser crucial para o caso.

O juiz substituto em 2º grau, Inácio Jário Queiroz de Albuquerque, manteve a decisão, argumentando que as filmagens podem comprovar a falha da funcionária da lotérica ao não registrar o jogo. Mara Núbia de Oliveira Hoffmann, a autora do processo, afirma ter escolhido as dezenas baseada em um sonho e que, ao retornar à lotérica, viu nas gravações internas o erro no registro.

Apesar de ter tido acesso às imagens, Mara alega que não recebeu uma cópia, o que motivou a ação judicial para preservar as provas. No concurso 2524 da Mega-Sena, ela jogou os números 03, 20, 22, 23, 37, 41 e 43. Como nenhuma aposta registrada acertou todas as dezenas, ela seria a única ganhadora, caso o bilhete tivesse sido validado.

A empresária relata que a funcionária da lotérica se distraiu com o celular e registrou apostas da Quina e Lotofácil no lugar da Mega-Sena, erro percebido por Mara antes do sorteio. A Lotérica São Bento, por sua vez, contesta a decisão judicial, alegando que as gravações são apagadas automaticamente a cada seis meses e que a produção da prova seria impossível.

O juiz rebateu o argumento, afirmando que a simples alegação da ausência de imagens, sem provas concretas, não isenta a lotérica da obrigação. “A resistência da parte ré à entrega dos documentos justifica a intervenção judicial”, escreveu na decisão. A defesa de Mara sustenta que a lotérica tinha conhecimento do ocorrido desde o dia seguinte ao sorteio, o que reforça a obrigação de manter os registros.

No processo, são apresentadas imagens dos bilhetes da Mega-Sena, Quina e Lotofácil, com cada parte defendendo sua versão dos fatos. A defesa da lotérica contesta a autenticidade do bilhete apresentado por Mara, alegando diferenças nas marcações e no local do grampo, além de questionar o valor pago pela aposta, inferior ao preço de um jogo com sete dezenas. A empresa ainda argumenta que o bilhete é o único comprovante válido da aposta.

Fonte: http://massa.com.br

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