O setor de serviços do Brasil apresentou contração em abril, revertendo o crescimento observado no início do ano. O Índice de Gerentes de Compras (PMI), divulgado nesta terça-feira, revela que a demanda enfraquecida impulsionou a queda na produção, gerando preocupações sobre o ritmo da atividade econômica.
O PMI, compilado pela S&P Global, atingiu 48,9 em abril, uma queda significativa em relação aos 52,5 registrados em março. Este resultado interrompe dois meses de expansão e coloca o índice abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração, pela primeira vez desde janeiro.
A pesquisa indica que tanto o nível de atividade quanto a entrada de novos negócios diminuíram no mês. Empresas participantes atribuíram as quedas à forte concorrência, restrições financeiras e uma desaceleração geral da demanda no mercado.
Diante do menor volume de novos pedidos, as empresas do setor de serviços reduziram o ritmo de contratações, resultando no menor aumento do nível de emprego desde janeiro. Esse movimento reflete uma postura mais cautelosa em relação aos investimentos futuros.
Embora os custos de insumos tenham subido em um ritmo mais lento em quatro meses, as empresas continuaram a repassar os aumentos de custos aos clientes. De acordo com Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, “As pressões inflacionárias continuaram historicamente elevadas, apesar de um alívio pelo segundo mês seguido”.
Apesar dos desafios, a confiança no setor se fortaleceu, impulsionada por expectativas de melhoria nas condições de demanda e contenção das pressões inflacionárias. Contudo, alguns participantes da pesquisa demonstraram preocupação com o cenário econômico e político. A combinação da fraqueza no setor de serviços e a estagnação na indústria levou o PMI Composto do Brasil a recuar para 49,4 em abril.
Fonte: http://www.infomoney.com.br