Em um cenário de crescentes tensões comerciais, autoridades de alto escalão dos Estados Unidos e da China se encontrarão na Suíça esta semana para discussões consideradas cruciais para o futuro das relações econômicas bilaterais. O encontro marca a primeira negociação comercial confirmada desde a imposição de tarifas abrangentes pelo governo Trump, que ameaçam paralisar o comércio entre as duas maiores economias do mundo.
A delegação americana será liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo representante de Comércio, Jamieson Greer. Do lado chinês, o vice-primeiro-ministro He Lifeng estará à frente das negociações. A expectativa é que as conversas abordem a redução das tarifas, um ponto sensível que tem gerado incertezas nos mercados globais.
As tarifas impostas por ambas as nações têm causado impacto significativo nos mercados financeiros e ameaçam elevar os preços de bens de consumo essenciais. Trump chegou a declarar que os EUA “não estão perdendo nada” ao não negociar com Pequim, defendendo que os consumidores americanos estariam dispostos a aceitar preços mais altos para reequilibrar a relação comercial.
Em meio a declarações controversas, como a de que “meninas não precisam ter 30 bonecas”, Trump sinalizou uma possível abertura para reduzir as tarifas em algum momento. Contudo, a China permanece cautelosa, avaliando a proposta americana com ressalvas. Segundo declarações, Pequim está atenta a possíveis tentativas de “extorsão” durante as negociações.
Paralelamente às negociações com a China, Scott Bessent indicou que os EUA podem anunciar acordos comerciais com outros parceiros ainda nesta semana. Adicionalmente, Bessent e Greer têm agendado um encontro com a presidente suíça, Karin Keller-Sutter, para tratar de temas de interesse comum. O desfecho destas negociações na Suíça é aguardado com grande expectativa por investidores e analistas em todo o mundo.
Fonte: http://www.infomoney.com.br