A Rota da Celulose, corredor rodoviário estratégico para o Mato Grosso do Sul, será leiloada nesta quinta-feira (8), na sede da B3, em São Paulo. O projeto, que engloba rodovias federais e estaduais cruciais para o escoamento da produção de celulose, busca um novo concessionário após uma tentativa frustrada em dezembro do ano anterior. A expectativa é alta, com quatro grandes grupos na disputa: BTG Pactual, KInfra, XP e Way Kinea.
O contrato de concessão, com duração de 30 anos, prevê um investimento total de R$ 10,1 bilhões. Desse montante, R$ 6,9 bilhões serão destinados ao Capex (investimento em bens de capital) e R$ 3,2 bilhões para despesas operacionais. A Rota da Celulose abrange 870,3 quilômetros, compreendendo trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das federais BR-262 e BR-267.
A empresa vencedora será aquela que oferecer o maior desconto sobre a tarifa de pedágio. Segundo especialistas, a disputa acirrada demonstra o potencial do projeto e a importância da infraestrutura rodoviária para o desenvolvimento econômico da região. A Rota da Celulose é vista como um ativo valioso, capaz de gerar receita e impulsionar o setor produtivo.
Entre os participantes, alguns já possuem experiência em concessões rodoviárias. A Way Brasil, por exemplo, já opera a MS-306 no Mato Grosso do Sul. A KInfra é responsável pela Rodovia do Aço, um trecho de 200,4 quilômetros da BR-393 que liga Minas Gerais ao Rio de Janeiro. A disputa promete ser acirrada, com cada grupo buscando apresentar a melhor proposta para garantir a concessão.
Para tornar o projeto mais atrativo, o edital foi revisado após a primeira tentativa de leilão. As mudanças incluem um modelo econômico-financeiro que reduz os investimentos obrigatórios nos primeiros quatro anos de operação, atendendo a uma demanda do setor privado. A projeção de receita para os 20 anos de operação também foi ajustada. A futura concessionária terá a responsabilidade de realizar importantes obras, como a duplicação de 115 km de rodovias e a construção de acostamentos, terceiras faixas e contornos urbanos.
Fonte: http://www.infomoney.com.br
