O mercado imobiliário da capital paulista demonstrou vigor em março, com um aumento expressivo nos lançamentos de imóveis, conforme dados divulgados pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). O levantamento aponta para um crescimento robusto, impulsionado principalmente pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Os lançamentos de imóveis residenciais na cidade de São Paulo saltaram 49,8% em março, em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 12,4 mil unidades. Esse desempenho eleva o acumulado dos últimos 12 meses para 118,1 mil unidades, representando um aumento de 51%. As vendas, por outro lado, apresentaram um crescimento mais modesto.
De acordo com a Secovi-SP, as vendas de imóveis residenciais novos tiveram uma leve alta de 0,7% em relação a março do ano passado, atingindo 10,5 mil unidades. No acumulado de 12 meses, a comercialização avançou 31%, totalizando 108,3 mil unidades. A velocidade de vendas, que mede a proporção de unidades vendidas em relação ao estoque disponível, acelerou para 61,8% nos últimos 12 meses.
“A demanda por imóveis permanece aquecida, impulsionada pelo crescimento da economia brasileira, com a consequente elevação do emprego e da renda da população”, ressalta o relatório da Secovi-SP. Apesar dos juros altos, os incentivos governamentais, com taxas reduzidas e subsídios no Minha Casa Minha Vida, têm compensado esse efeito, tornando o programa um motor crucial do mercado.
O Minha Casa Minha Vida continua a ser o principal propulsor do mercado, respondendo por uma parcela significativa dos lançamentos e das vendas na cidade. As vendas de imóveis dentro do programa habitacional cresceram 59% nos últimos 12 meses, alcançando 63 mil unidades, o que corresponde a 58% das vendas totais. Já os lançamentos de projetos do MCMV dispararam 85% no mesmo período, representando 63% do total de lançamentos.
Enquanto o MCMV experimenta um crescimento expressivo, o setor de médio e alto padrão apresenta um desempenho mais discreto. As vendas nesses segmentos subiram 6% nos últimos 12 meses, enquanto os lançamentos aumentaram 15%. A diferença reflete o impacto das novas regras do MCMV, que reduziram os juros e aumentaram os subsídios, além da influência das taxas de juros mais altas nas linhas de financiamento de mercado.
Fonte: http://www.infomoney.com.br
