Gabriel Rodrigues de Morais foi sentenciado a 45 anos de prisão em regime fechado pelo III Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, em decisão proferida nesta quarta-feira (7). A condenação se refere ao feminicídio de sua ex-companheira, Martha Duarte de Oliveira, ocorrido em setembro do ano passado, qualificado por motivo torpe e meio cruel.
O crime, que chocou a comunidade de Sepetiba, na zona oeste do Rio, foi agravado pelo fato de Gabriel, lutador de artes marciais, ter descumprido medidas protetivas de urgência. A barbárie se desenrolou na presença da filha da vítima, uma criança de apenas dois anos, tornando o ato ainda mais repulsivo.
A juíza Tula Corrêa de Mello, responsável por presidir o julgamento, negou ao réu o direito de recorrer da sentença em liberdade, mantendo a pena máxima. Em sua decisão, a magistrada enfatizou o motivo torpe do crime: “o acusado tirou a vida da sua ex-companheira motivado por não admitir o fato de não mais ter o controle sobre os atos e decisões da vítima”.
A sentença também destacou a impossibilidade de defesa por parte de Martha. “O crime foi perpetrado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, mediante surpresa”, escreveu a juíza, detalhando as agressões físicas e o estrangulamento que levaram à morte. Gabriel invadiu a residência da vítima, prevalecendo-se de sua superioridade física.
Além da pena de reclusão, Gabriel foi condenado a pagar uma indenização de R$ 300 mil por danos morais à família de Martha, arcando também com as custas processuais. A justiça também decretou a perda do poder familiar do réu sobre o filho que tinha com a vítima, selando um desfecho trágico para todos os envolvidos.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
