O desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido em 2007 durante férias em Portugal, ganha um novo e dramático capítulo. Novas evidências, descobertas em uma investigação conjunta, apontam para Christian Brueckner, um alemão já preso por outros crimes, como o principal suspeito no caso. A esperança de solucionar um dos maiores mistérios criminais das últimas décadas reacende.
As novas pistas, fruto de uma investigação liderada pelo jornal The Sun em colaboração com autoridades europeias, trazem à tona elementos materiais e digitais que fortalecem a ligação de Brueckner ao sequestro de Madeleine na Praia da Luz, Algarve. A descoberta de itens perturbadores em um imóvel abandonado ligado ao suspeito é o ponto central da reviravolta.
Entre os objetos encontrados, destacam-se brinquedos e roupas infantis, frascos com substâncias suspeitas como clorofórmio ou éter, conversas no Skype com conteúdo criminoso e discos rígidos com material ilegal. Um aparelho de navegação via satélite (satnav) com registros da região do Algarve na época do desaparecimento também foi apreendido, fortalecendo a narrativa da acusação.
“Essas descobertas elevam o grau de suspeita sobre Brueckner”, afirma um dos investigadores envolvidos no caso. O histórico criminal do suspeito, que inclui uma condenação por estupro na mesma região onde Madeleine desapareceu, dois anos antes do ocorrido, também pesa contra ele.
Em junho de 2020, promotores alemães já haviam declarado Brueckner como o principal suspeito no caso. Vizinhos já o haviam denunciado por comportamentos estranhos em 2016. A descoberta de pendrives com material de apologia ao abuso infantil em uma propriedade abandonada pertencente a ele, somada a um documento que comprova sua presença na Espanha em 2008, reforçam as suspeitas.
Atualmente preso na Alemanha por crimes relacionados à pornografia infantil, Brueckner pode enfrentar novas acusações pelo desaparecimento de Madeleine McCann. A coleta dessas provas pode ser determinante para que ele seja formalmente acusado. Caso contrário, existe a possibilidade de ele ser libertado ainda este ano.
Se condenado, Brueckner poderá cumprir nova pena como autor do sequestro ou homicídio de Madeleine, pondo fim a um caso que consumiu recursos e atenção midiática por quase duas décadas. A família de Madeleine, que nunca perdeu a esperança, aguarda ansiosamente por justiça e pelo desfecho de um pesadelo que se arrasta por 18 longos anos.
Fonte: http://massa.com.br
