A escalada dos preços dos alimentos continua a pressionar o orçamento das famílias brasileiras, representando um desafio para o governo federal em um tema de grande impacto social. Dados recentes do IBGE revelam aumentos expressivos em diversos itens essenciais, com a picanha, corte de carne frequentemente associado a promessas políticas, liderando a lista.
Nos últimos 12 meses, a picanha registrou uma alta de 15,6%. No entanto, outros cortes ainda mais populares entre os consumidores sentiram um impacto ainda maior. O patinho, por exemplo, subiu 24% no mesmo período, enquanto o acém apresentou uma inflação de 25%.
A alta não se restringe apenas à carne bovina. Alternativas teoricamente mais acessíveis também ficaram mais caras: os ovos de galinha encareceram 16,7% e o frango, 9,2%. Esse cenário agrava a preocupação em relação ao poder de compra da população e a segurança alimentar.
O aumento dos preços dos alimentos representa um desafio para o governo, que busca conter a inflação e minimizar o impacto no bolso dos brasileiros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou um avanço de 0,43% em abril, acumulando 5,53% em 12 meses – um índice bem acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Em março, o governo tentou conter a escalada dos preços com a isenção do imposto de importação de alguns produtos, como carne, café e açúcar. A medida, no entanto, não surtiu o efeito desejado. Agora, as expectativas se voltam para a projeção de uma supersafra agrícola em 2025 e a valorização do real frente ao dólar, fatores que podem contribuir para aliviar os custos de produção e frear a inflação dos alimentos nos próximos meses.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br