O 13 de maio, data que ressoa com eventos marcantes na história e na religiosidade brasileira, suscita uma pergunta frequente: é feriado? A resposta, embora direta, não diminui a importância das celebrações que a envolvem. A assinatura da Lei Áurea, a devoção a Nossa Senhora de Fátima e o Dia dos Pretos Velhos se entrelaçam nesse dia, conferindo-lhe múltiplas camadas de significado.
A Lei Áurea, marco do fim da escravidão no Brasil em 1888, é o principal acontecimento histórico atrelado à data. Embora não tenha promovido uma reparação social efetiva aos libertos, sua assinatura representa um divisor de águas na luta pela liberdade. “A Lei Áurea é um símbolo da abolição, mas também um lembrete das injustiças que persistem”, pondera a historiadora Ana Beatriz Santos.
No âmbito religioso, o 13 de maio evoca a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, em 1917. A manifestação mariana rapidamente se espalhou pelo mundo, ganhando inúmeros devotos no Brasil, onde missas e procissões marcam a data. A fé e a devoção se manifestam em diversas regiões do país.
Para as religiões de matriz africana, como a Umbanda, o dia é dedicado aos Pretos Velhos. Essas entidades espirituais representam os ancestrais escravizados, que oferecem sabedoria, cura e consolo àqueles que buscam auxílio. A celebração é um tributo à resiliência e à força da cultura afro-brasileira.
Apesar de sua relevância histórica e religiosa, o 13 de maio não é um feriado nacional. Entretanto, algumas cidades brasileiras o adotaram como feriado local, celebrando eventos específicos relacionados à data. Arraial do Cabo (RJ), por exemplo, comemora o aniversário do município nesse dia, enquanto Angico (TO) relembra a abolição da escravidão.
Fonte: http://massa.com.br
