Gasolina em Curitiba: Por que é a mais Cara do Paraná, Apesar da Refinaria?

Curitiba se destaca negativamente no cenário nacional: a gasolina na capital paranaense é a mais cara do estado e figura entre as mais elevadas do país. Mesmo com a proximidade da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, os motoristas curitibanos sentem o peso no bolso a cada abastecimento.

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina em Curitiba, entre 18 e 24 de maio, atingiu R$ 6,95. Esse valor representa um acréscimo de R$ 0,67 em relação à média nacional no mesmo período, evidenciando um custo significativamente maior para o consumidor local.

Quando comparada com outras capitais do Sul, a diferença é ainda mais notável. Florianópolis (SC) registrou R$ 6,75, enquanto Porto Alegre (RS) apresentou um valor de R$ 6,13. Curitiba ocupa a quarta posição no ranking das capitais com a gasolina mais cara do Brasil, empatada com Boa Vista (RR).

A proximidade da refinaria não se traduz em preços mais acessíveis nas bombas. Isso porque os postos de combustíveis não adquirem o produto diretamente da Repar. A negociação é intermediada por distribuidoras, que adicionam etanol e definem os preços com base em seus custos logísticos e operacionais. A ANP reitera que os preços são livres e definidos pelos agentes econômicos em ambiente de livre concorrência.

O economista Marcio Lago Couto, da FGV Energia, aponta a concorrência entre os postos como fator crucial na determinação do preço final. “Onde há pouca competição, os valores tendem a se manter estáveis e similares, com poucas variações ou promoções”, explica. Cidades vizinhas a Curitiba, como Colombo (R$ 6,94) e São José dos Pinhais (R$ 6,87), também apresentam preços elevados.

Além disso, o Sindicato Paranapetro destaca que o alto custo de vida em Curitiba impacta o valor repassado ao consumidor. Despesas com equipe, impostos, taxas ambientais e aluguéis contribuem para a formação do preço da gasolina na capital paranaense.

Fonte: http://massa.com.br

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