Fraudes no INSS: Governo Lula aponta Bolsonaro, mas resiste à CPI

O governo Lula, por meio da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, atribuiu ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro a responsabilidade pelos descontos indevidos nas aposentadorias do INSS. Segundo a ministra, a gestão anterior “abriu as portas do INSS para ladrões”, contrastando com o avanço das investigações e a suspensão das cobranças associativas na atual administração.

Essa declaração configura uma estratégia governamental para transferir a culpa pelo esquema fraudulento, que causou prejuízos bilionários aos beneficiários. Gleisi Hoffmann argumenta que, embora o problema tenha se intensificado recentemente, suas raízes residem em decisões administrativas e políticas tomadas durante o governo Bolsonaro.

No entanto, a ministra se opõe à criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso no Congresso Nacional. Sua justificativa é que uma apuração legislativa poderia prejudicar as investigações da Polícia Federal, que devem estar “protegidas de interferências externas e do vazamento de informações”, segundo a ministra.

Essa postura tem gerado críticas da oposição e de entidades de defesa dos aposentados, que exigem maior responsabilização dos envolvidos no esquema. A pressão por uma investigação no Legislativo aumentou após a divulgação de que os descontos irregulares persistiram mesmo após alertas sobre as fraudes.

A resistência do governo à CPMI, apesar das acusações direcionadas ao governo anterior, levanta questionamentos sobre a transparência e a extensão das investigações. O debate sobre a necessidade de uma apuração mais ampla no Congresso Nacional deve continuar, com o objetivo de esclarecer as responsabilidades e evitar que novas fraudes ocorram.

Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br

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