O Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade, nesta quinta-feira, às oitivas de testemunhas no processo que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Os depoimentos, solicitados pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, focam no papel do chamado “núcleo 1”, grupo acusado de tomar decisões cruciais que impactaram a sociedade. As audiências foram realizadas por videoconferência.
Entre as testemunhas que prestaram depoimento estão figuras de destaque do governo Bolsonaro, como os ex-ministros Adolfo Sachsida (Minas e Energia), Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), Celio Faria (Secretaria de Governo), Paulo Guedes (Economia) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União). O procurador federal Adler Anaximandro Cruz e Alves também foi ouvido. Os depoimentos de testemunhas ligadas a Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, réus na mesma ação, também estão sendo colhidos nesta semana.
A imprensa tem acesso restrito aos depoimentos, acompanhando-os por um telão no STF, sem permissão para gravar, por decisão do relator, Alexandre de Moraes. A íntegra dos depoimentos será anexada ao processo em 2 de junho. Ao todo, 82 pessoas serão ouvidas nesta fase da instrução processual.
A fase de instrução criminal, iniciada em 19 de maio, tem como objetivo coletar provas para subsidiar o julgamento do caso. Além dos depoimentos, o STF analisará documentos e perícias solicitadas pela acusação e pela defesa, buscando esclarecer todos os fatos apurados durante a investigação.
Paralelamente aos depoimentos, os ministros do STF se reunirão em plenário para discutir temas como a constitucionalidade da Cide nas remessas ao exterior, questionamentos sobre cargos no Tribunal de Contas de Goiás, e outras questões de relevância jurídica e administrativa.
Fonte: http://revistaoeste.com