O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) elevou o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 29, reacendendo a polêmica em torno de um inquérito que o tem como alvo. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar não poupou críticas à Corte, alegando perseguição e questionando a legitimidade da investigação em curso. A escalada verbal ocorre em meio a tensões crescentes entre figuras políticas e o judiciário.
Segundo Eduardo Bolsonaro, o vídeo em questão já havia sido publicado há dois meses, e ele aguarda um posicionamento claro sobre as acusações de “ataque à soberania” que pairam sobre ele. “Ainda aguardo posicionamento daqueles que abrem inquéritos inócuos”, escreveu o deputado na legenda que acompanha a publicação, demonstrando seu descontentamento com a situação.
A reação de Eduardo Bolsonaro surge em resposta a um vídeo que compila imagens de parlamentares de esquerda criticando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em viagens internacionais. Nas gravações, os deputados e senadores tecem críticas à gestão anterior, acusando Bolsonaro de atentar contra a democracia brasileira. O deputado questiona a disparidade de tratamento.
“Eles vêm querer dizer que eu sou uma ameaça”, declarou Eduardo Bolsonaro no vídeo. “Por que que eles podem? Inclusive, eles foram antes ao exterior para fazer isso. Por que que eu não posso? Por que que eu passo a ser uma ameaça à democracia?” A fala explicita o cerne do seu argumento, questionando a legitimidade das acusações que o colocam como uma ameaça.
O inquérito contra Eduardo Bolsonaro, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, investiga supostas ações criminosas do deputado nos Estados Unidos. Moraes imputa a ele crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O pedido para a investigação partiu do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ).
No vídeo, Eduardo Bolsonaro intensifica suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem considera a “linha de frente para cometer essas arbitrariedades todas”. Ele sugere que as ações de Moraes seriam um sinal do recrudescimento de uma eventual ditadura. “Toda ditadura, gente, antes de terminar, ela dá uma apertada na repressão, isso daí é o normal. A gente vai ver qual vai ser o último esperneio aí do Alexandre de Moraes”, conclui.
Fonte: http://revistaoeste.com
