A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de investigados por um esquema de fraudes que lesou aposentados e pensionistas do INSS. A decisão, divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU) nesta segunda-feira, visa garantir o ressarcimento das vítimas, que sofreram descontos irregulares em seus benefícios.
O bloqueio de bens e ativos financeiros foi determinado pela juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal. A medida atinge duas empresas e seus respectivos sócios, envolvidos em um esquema que desviou bilhões de reais dos cofres públicos.
As investigações fazem parte da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema nacional de descontos não autorizados em mensalidades associativas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram desviados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, impactando milhões de brasileiros.
No mês passado, a AGU já havia solicitado o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de 12 entidades associativas e 60 dirigentes. Para facilitar a análise dos pedidos, a juíza responsável pelo caso decidiu dividir o processo em 15 ações distintas.
Segundo um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), 7,6 milhões de aposentados e pensionistas do INSS sofrem descontos em suas folhas de pagamento. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, garantiu que todos os aposentados lesados receberão o ressarcimento integral até o final deste ano: “Os aposentados serão integralmente ressarcidos”, prometeu. “Esse é um compromisso.”
Fonte: http://revistaoeste.com