A Companhia Paranaense de Energia (Copel) revelou nesta quarta-feira (4) um ambicioso projeto de ampliação da Usina Hidrelétrica Governador Ney Braga, também conhecida como Usina Segredo. A iniciativa promete impulsionar a economia da região centro-sul do Paraná, com a expectativa de gerar até 1.600 novas vagas de emprego durante o pico das obras. Moradores de Reserva do Iguaçu, Foz do Jordão e Mangueirinha serão os principais beneficiados com as oportunidades.
O projeto consiste na construção de uma segunda casa de força, adjacente à estrutura existente, em uma área já pertencente à Copel. Essa nova instalação abrigará conjuntos adicionais de turbinas e geradores, visando dobrar a capacidade instalada da usina, de 1.260 megawatts (MW) para 2.526 MW. A Copel garante que não haverá necessidade de desapropriações ou alagamentos adicionais, preservando o reservatório atual.
A inovação do projeto se estende ao reaproveitamento da infraestrutura existente, incluindo túneis escavados na década de 1980, originalmente utilizados para desviar o rio durante a construção da barragem. Essa estratégia inteligente permitirá conduzir a água do reservatório até as novas turbinas, minimizando interferências na rodovia PR-459. Além disso, está prevista a instalação de uma nova linha de transmissão de 1,5 km, operando em 500 kV, para conectar a nova casa de força à subestação Segredo, que também passará por adequações.
A expansão da Usina Segredo não apenas criará empregos diretos na construção, mas também impulsionará a geração de postos de trabalho indiretos. Um exemplo disso é a reforma da Estação Experimental de Estudos Ictiológicos, que apoiará a reprodução em cativeiro de peixes nativos do rio Iguaçu, contribuindo para o repovoamento dos reservatórios da Copel. A ictiologia, ramo da zoologia que estuda peixes, desempenhará um papel crucial na preservação da biodiversidade local.
“As autoridades locais expressaram apoio ao projeto, destacando os benefícios econômicos e ambientais da ampliação,” informou a Copel em nota. No entanto, a concretização das novas vagas e o início das obras dependem da aprovação do licenciamento ambiental. A emissão da licença é condição essencial para que a proposta seja incluída no leilão de reserva de capacidade da Aneel, autorizando, assim, a criação de empregos e o avanço do projeto.
Fonte: http://massa.com.br