O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Polícia Federal (PF) inclua o nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista vermelha da Interpol. A decisão, que atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), visa facilitar a localização e eventual extradição da parlamentar, que se encontra fora do Brasil desde o dia 25 de maio.
A medida foi tomada após a condenação de Zambelli pelo STF a 10 anos de prisão e perda do mandato, em decorrência de seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PGR havia solicitado a prisão preventiva da deputada, o que foi prontamente atendido por Moraes. A inclusão na lista da Interpol representa um passo crucial para efetivar o cumprimento da pena imposta.
Zambelli deixou o país por via terrestre, atravessando a fronteira com a Argentina, e de lá seguiu para outro destino fora da América do Sul. Em entrevista a um canal no YouTube, a deputada confirmou sua saída do Brasil, alegando que a viagem tinha como objetivo inicial buscar tratamento médico. Contudo, o ministro Moraes argumenta que a viagem tem o claro objetivo de “se furtar à aplicação da lei penal”.
Adicionalmente, Moraes impôs uma multa diária de R$ 50.000,00 a Zambelli por eventuais postagens em redes sociais que reiterem as condutas criminosas pelas quais foi condenada. A decisão do ministro busca impedir que a deputada continue a disseminar informações que violem a lei, mesmo estando fora do país.
“É inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal”, afirmou Moraes em sua decisão, ressaltando a urgência de garantir o cumprimento da lei e a responsabilização da deputada por seus atos. A expectativa agora é que a Polícia Federal intensifique os esforços para localizar Zambelli e dar andamento ao processo de extradição.
Fonte: http://vistapatria.com.br