Em uma demonstração de congraçamento entre os poderes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ofereceu um jantar em homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na noite da última terça-feira. A recepção, que contou com a presença de figuras proeminentes da República, ocorreu na residência oficial da presidência do Senado, logo após a inclusão da foto de Moraes na galeria de ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O evento, divulgado inicialmente pelo portal Metrópoles, reuniu representantes dos Três Poderes em um ambiente de cordialidade e debate.
O jantar exclusivo contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, que assumiu interinamente a Presidência da República devido à viagem de Lula à França. Além dele, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também marcou presença, demonstrando a amplitude do diálogo institucional. Ministros do STF e de outras cortes superiores complementaram o seleto grupo de convidados, evidenciando a importância do evento no cenário político nacional.
Curiosamente, o ministro Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro ao STF, também compareceu ao jantar, demonstrando um espírito de civilidade apesar das tensões históricas entre Moraes e o ex-presidente. Durante a confraternização, os convidados aproveitaram a oportunidade para discutir temas relevantes do cenário jurídico e político, incluindo os interrogatórios marcados para a próxima semana na Corte, que envolvem Bolsonaro e outros investigados no inquérito do 8 de janeiro. A presença de Nunes Marques adicionou um elemento de interesse ao encontro, sinalizando um possível ponto de convergência em meio às divergências.
A saída da deputada Carla Zambelli (PL-SP) do país, ocorrida dias após sua condenação pelo STF, também permeou as conversas entre os presentes. A Procuradoria-Geral da República respondeu à viagem com um pedido de prisão preventiva, intensificando o debate sobre os limites da atuação parlamentar e a aplicação da lei. Vale ressaltar a ausência do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que, apesar de ser considerado próximo de Moraes nos bastidores da Corte, não pôde comparecer ao evento devido a compromissos oficiais no exterior. A ausência de Gonet, no entanto, não diminuiu o significado do encontro como um momento de diálogo e articulação entre os poderes.
Em um desdobramento relacionado, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Carla Zambelli, além de ordenar a inclusão do nome da deputada na lista vermelha da Interpol e o bloqueio de seus passaportes. A medida, que gerou grande repercussão no meio político, intensifica a pressão sobre a parlamentar, que recentemente anunciou estar fora do Brasil e licenciada do mandato. A situação de Zambelli e as decisões de Moraes ressaltam a importância do STF no cenário político e jurídico do país, garantindo o cumprimento da lei e a estabilidade institucional.
Fonte: http://revistaoeste.com