O Supremo Tribunal Federal (STF) gerou controvérsia ao convidar o professor alemão Thomas Pogge, da Universidade de Yale, para uma palestra na sala de sessões da Segunda Turma nesta quarta-feira, 4. O evento, divulgado na página do STF no LinkedIn, rapidamente atraiu críticas devido ao histórico de acusações de assédio sexual contra o docente.
As denúncias contra Pogge remontam à década de 1990, quando lecionava na Universidade Columbia, e se estenderam durante seu período em Yale. Ele foi acusado de conduta imprópria com alunas de pós-graduação e de usar cartas de recomendação para estabelecer relacionamentos pessoais inadequados.
Shelly Kagan, professor de filosofia de Yale, expressou preocupação com o comportamento de Pogge, afirmando que ele se envolveu em um “padrão de comportamento que me parece inapropriado e precisa ser condenado pela nossa profissão”. Mais de mil acadêmicos assinaram uma carta aberta condenando a conduta do professor.
Em 2010, a ex-aluna de Yale, Fernanda Lopez Aguilar, acusou Pogge de assédio sexual e retaliação profissional após rejeitar suas investidas. A universidade investigou o caso e concluiu que havia evidências de conduta não profissional, resultando em uma carta de reprimenda.
Além das acusações de assédio, Pogge também enfrenta críticas no meio acadêmico por suas teorias sobre pobreza global e a aplicação prática de seus projetos, como o Health Impact Fund. A Revista Oeste questionou o STF sobre os critérios para o convite, mas não obteve resposta até o momento.
Fonte: http://revistaoeste.com