Câmara Afasta Zambelli e Suspende Salário Enquanto STF Determina Bloqueio de Bens

A Câmara dos Deputados formalizou o afastamento da deputada Carla Zambelli (PL-SP) nesta quinta-feira (5), interrompendo o repasse de sua remuneração parlamentar. A licença da deputada, que já havia sido solicitada, precede a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para bloquear seus bens e salários. Coronel Tadeu (PL-SP) já assumiu a vaga como suplente.

O afastamento ocorre em meio a uma ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes, que busca garantir o pagamento de uma multa de R$ 2 milhões imposta a Zambelli. A sanção se deve à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. A deputada encontra-se fora do país, com relatos de que teria viajado para a Itália após uma passagem pelos Estados Unidos.

“Considere-se afastada a senhora deputada Carla Zambelli a partir de 29 de maio de 2025, data indicada ao atestado médico constante no processo”, informou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em despacho oficial, convocando o suplente para assumir o cargo. A medida visa impedir a utilização dos recursos públicos para o pagamento da multa.

Mesmo com a suspensão do salário, o STF ampliou a ordem judicial para bloquear todas as contas bancárias, investimentos e transações financeiras da deputada, incluindo transferências via Pix. A decisão inclui a decretação de prisão preventiva, suspensão de perfis em redes sociais, confisco de passaporte e inclusão na lista da Interpol, além da abertura de novo inquérito por suspeita de obstrução de Justiça e coação.

Diante da ausência de um advogado constituído, após a renúncia da defesa anterior, o ministro Alexandre de Moraes designou a Defensoria Pública da União (DPU) para representar Zambelli no processo. A Polícia Federal tem um prazo de dez dias para colher o depoimento da deputada, mesmo que por escrito, e preservar os conteúdos removidos de suas redes sociais. Zambelli também deverá prestar esclarecimentos sobre a arrecadação de valores via PIX, após divulgar seus dados bancários alegando a necessidade de recursos para pagar sanções judiciais.

Fonte: http://revistaoeste.com

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