O Banco Itaú bloqueou as contas bancárias e cartões da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) na última sexta-feira, 6 de outubro. A medida foi tomada em cumprimento a uma ordem expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão judicial surge em meio a outras ações que miram a parlamentar.
Anteriormente, Moraes havia determinado que instituições financeiras informassem, em um prazo de 24 horas, sobre movimentações ou bloqueios de recursos da deputada. Zambelli está atualmente fora do Brasil, e a justificativa para sua ausência seria uma suposta perseguição judicial por motivações políticas, conforme suas declarações.
O comunicado do Itaú ao STF revelou a existência de pouco mais de R$ 2 mil em uma conta corrente e R$ 5 em uma conta poupança em nome de Zambelli. A divulgação inadvertida desses dados sigilosos no site do Supremo, por cerca de dez minutos, foi reportada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Os valores contrastam com os R$ 285 mil que a própria deputada afirmou ter arrecadado por meio de uma “vaquinha” via Pix, divulgada em suas redes sociais. O objetivo dessa iniciativa seria levantar recursos para o pagamento de multas judiciais.
Além do bloqueio financeiro, o nome de Zambelli foi incluído na lista de procurados da Interpol na semana anterior. Adicionalmente, perfis em redes sociais mantidos pela deputada e por seus familiares foram suspensos, intensificando o cerco judicial sobre a parlamentar. Com a licença do mandato, Coronel Tadeu (PL-SP) assumiu sua vaga na Câmara dos Deputados.
Zambelli é ré em uma ação penal no STF, acusada de perseguir um homem com uma arma de fogo na véspera do segundo turno das eleições de 2022. As acusações incluem porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. A defesa da deputada alega que ela é alvo de perseguição política, justificando sua ausência no país.
Fonte: http://revistaoeste.com
