Após o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, aliados do ex-presidente manifestaram publicamente sua satisfação com a atuação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). A mudança de percepção surge em meio ao inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe.
A estratégia da defesa concentra-se agora em destacar pontos do interrogatório conduzido por Fux que, segundo eles, corroborariam a tese de que Bolsonaro não teve envolvimento direto na elaboração ou execução de qualquer plano golpista. Parlamentares e figuras influentes da base bolsonarista têm compartilhado trechos da audiência nas redes sociais, buscando reforçar essa narrativa.
Um dos momentos mais explorados é a declaração de Cid, enfatizando que Bolsonaro nunca chegou a assinar a minuta de um decreto com teor golpista. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) argumenta que a ausência de um documento oficializado enfraquece a acusação de tentativa de golpe. Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, endossa o coro, afirmando que Fux teria “desmontado a narrativa” sobre o caso.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) questionou a credibilidade da delação de Cid, insinuando que ele estaria sob pressão. Gayer também ressaltou a importância da abordagem de Fux sobre a questão jurídica da minuta, visando desqualificar o impacto da colaboração do ex-ajudante de ordens. “Pergunta de FUX acaba com o julgamento e prova inocência do Bolsonaro”, publicou Gayer em suas redes.
A movimentação política resgata o antigo slogan “In Fux We Trust”, que circulou durante a Operação Lava-Jato, quando parte da direita via o ministro como um símbolo do combate à corrupção. Com a colaboração de Cid em andamento, o STF continua a ouvir outras figuras políticas envolvidas na investigação.
Fonte: http://revistaoeste.com