O humorista Marcelo Alves permanecerá preso preventivamente, conforme decisão da Justiça em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (11), no Tribunal do Júri em Curitiba. Alves é acusado de matar Raíssa Suellen e ocultar seu corpo em uma área de mata em Araucária, região metropolitana da capital paranaense. A sessão foi conduzida pelo juiz Leonardo Bechara Stancioli.
A audiência teve como objetivo avaliar a legalidade da prisão e possíveis abusos durante a detenção. O comediante chegou ao Fórum no Centro Cívico sob escolta da Polícia Penal, vindo da Cadeia Pública da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Um vídeo registrou a chegada de Alves ao local. Durante seu depoimento, ele acompanhou a sessão sentado e demonstrou abalo emocional, chegando a chorar em alguns momentos.
A defesa de Marcelo Alves solicitou a revogação da prisão preventiva, argumentando que não havia risco de fuga ou ameaça à sociedade, além de destacar a entrega voluntária do réu à polícia. Os advogados também pediram que o processo tramitasse em sigilo e, caso a prisão fosse mantida, que Alves fosse mantido isolado dos demais detentos para garantir sua segurança.
Após cerca de uma hora de audiência, o juiz Leonardo Bechara indeferiu o pedido de liberdade e decretou a prisão preventiva de Marcelo Alves. O magistrado justificou a decisão com base na gravidade do crime e no fato de que o acusado só compareceu às autoridades após intimação formal. “A gravidade do caso exige a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública”, declarou o juiz em sua decisão.
O juiz determinou que o humorista seja mantido em um local seguro para preservar sua integridade física. Além disso, estabeleceu um prazo de 24 horas para definir se o processo tramitará em sigilo total ou parcial. Ao final da audiência, Marcelo Alves foi escoltado de volta à Cadeia Pública de Curitiba, onde aguardará novas decisões judiciais.
Fonte: http://massa.com.br