O governo italiano deu início formalmente à análise do pedido de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). O embaixador brasileiro em Roma, Renato Mosca, entregou pessoalmente o requerimento ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional da Itália, marcando um avanço significativo no caso.
O pedido de extradição de Zambelli chegou à Embaixada do Brasil em Roma na madrugada da última quinta-feira e foi prontamente encaminhado ao ministério italiano. A ação demonstra o comprometimento das autoridades brasileiras em buscar a responsabilização da parlamentar.
“Uma vez recebido pelo governo da Itália, cabe às autoridades judiciais italianas e ao Poder Executivo do país decidirem sobre sua concessão, nos termos do Tratado de Extradição firmado entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana”, informou a embaixada, ressaltando a importância dos acordos internacionais no processo.
Carla Zambelli deixou o Brasil em 3 de junho, anunciando publicamente sua ausência e o pedido de licença do mandato parlamentar. A deputada alegou que sua saída do país tinha como objetivo denunciar supostos abusos do Judiciário brasileiro e fazer “apelos por liberdade”.
Após o anúncio da viagem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol e requereu sua prisão preventiva. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido, determinando a prisão, o bloqueio dos bens da parlamentar e sua inclusão na lista de procurados da Interpol.
Zambelli foi condenada por 13 invasões aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por 16 inserções de documentos falsos, incluindo mandados de prisão falsificados. As ações foram executadas em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto, também condenado. A parlamentar é considerada foragida desde que deixou o país para evitar a aplicação da pena.
Fonte: http://revistaoeste.com