Um ataque aéreo israelense no Irã, na última quinta-feira, resultou na morte de importantes autoridades iranianas, elevando as tensões já existentes na região. Entre as vítimas fatais, confirma a emissora estatal iraniana, está Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, figura central no poderio militar do país. A ação, que Israel classifica como preventiva, marca uma escalada significativa no conflito regional.
Hossein Salami liderava a Guarda Revolucionária, a força armada mais influente do Irã, desde abril de 2019. Sua posição o colocava como um dos homens mais poderosos do país, com influência direta nas decisões estratégicas militares e políticas. Além de Salami, o ataque vitimou outros líderes importantes, incluindo o comandante estratégico das Forças Armadas, Gholam-Ali Rashid, e figuras ligadas ao programa nuclear iraniano, como Mohammad Tehranchi e Fereydoon Abbasi.
A Guarda Revolucionária, estabelecida após a Revolução Islâmica de 1979, funciona como um braço independente das Forças Armadas do Irã, com ministérios e divisões navais e aéreas próprias. Os Estados Unidos acusam a organização de manter ligações com grupos terroristas como Hamas e Hezbollah, o que agrava ainda mais as tensões com o Ocidente. A importância estratégica da Guarda Revolucionária a torna um alvo constante no complexo cenário geopolítico do Oriente Médio.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) justificaram o ataque como uma medida preventiva, alegando que alvos militares e instalações nucleares iranianas foram atingidos em diferentes regiões do país. Segundo um comunicado das FDI, “dezenas de jatos concluíram a primeira etapa da ação, que incluiu ataques a dezenas de alvos militares e nucleares”.
Em resposta à escalada, Israel decretou estado de emergência nacional e fechou seu espaço aéreo, temendo retaliação por parte do Irã. O governo iraniano já havia expressado sua disposição de responder a qualquer ataque contra seu território, o que poderia envolver bases norte-americanas na região. A situação permanece tensa, com potencial para desdobramentos imprevisíveis e um aumento ainda maior da instabilidade no Oriente Médio.
Fonte: http://vistapatria.com.br