A Procuradoria-Geral da República (PGR) intensificou a pressão sobre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, solicitando ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma série de medidas urgentes. O foco principal é o risco de fuga do investigado, intensificado após a identificação de uma viagem de familiares aos Estados Unidos.
A PGR requereu ao STF mandados de busca e apreensão, acesso a dados sigilosos e até mesmo a prisão preventiva de Cid e Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo. O ministro Alexandre de Moraes deferiu parte dos pedidos, determinando a prisão preventiva de Machado Neto, cumprida nesta sexta-feira em Recife.
A suspeita de que Mauro Cid poderia estar planejando deixar o país ganhou força após investigadores identificarem o embarque de seus familiares para Los Angeles em maio. A viagem incluiu os pais, a esposa e as filhas de Cid, levantando suspeitas sobre uma possível tentativa de evasão.
Um dos pontos de atenção da PGR foi a ausência de registro migratório de uma das filhas de Cid, mesmo havendo uma reserva em seu nome. “O episódio, segundo ele, reforça a suspeita de articulação para que Cid deixasse o país sem ser identificado”, destacou o procurador-geral Paulo Gonet ao STF.
Além do monitoramento da movimentação familiar, a PGR também solicitou acesso a informações bancárias, fiscais, telefônicas e digitais de Mauro Cid, alegando obstrução das investigações e favorecimento pessoal. Há ainda indícios de que a dupla estaria buscando obter passaportes por vias alternativas, inclusive junto a representações diplomáticas estrangeiras, o que culminou na prisão de Gilson Machado Neto.
Fonte: http://revistaoeste.com