O governo Lula enfrentou um duro golpe na Câmara dos Deputados com a aprovação, em regime de urgência, do projeto que visa suspender o decreto que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação expôs uma fissura na base governista, demonstrando a fragilidade do governo em temas econômicos no legislativo.
Um levantamento do jornal *O Globo* revelou que 65% dos votos favoráveis à urgência da matéria vieram de partidos que integram a base de apoio do governo, ocupando inclusive ministérios. Esse cenário evidencia uma insatisfação generalizada com a política tributária adotada pelo Executivo, mesmo entre seus aliados.
Durante a sessão, o requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/23, proposto pelo deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição, obteve 346 votos favoráveis. A aprovação demonstra uma articulação eficaz da oposição em capitalizar o descontentamento com o aumento do IOF.
Entre os partidos da base, o União Brasil, detentor de três ministérios, contribuiu com 55 votos a favor da urgência. PSD e Republicanos, com três e uma pastas, respectivamente, somaram 40 e 39 votos. O MDB, com três ministérios, adicionou 34 votos, enquanto PDT, PP e PSB também contribuíram para a derrota governista.
Para o deputado Zucco, a aprovação do requerimento de urgência é o primeiro passo para conter o que ele chama de “sanha arrecadatória” do governo. O parlamentar acusa o governo de buscar aumentar a arrecadação a qualquer custo, sem promover cortes nos gastos públicos. Segundo ele, o governo tem buscado aumentar tributos de forma constante, impactando negativamente a população e os setores produtivos.
Fonte: http://revistaoeste.com
