O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou, nesta quarta-feira (18), a prisão preventiva do coronel Marcelo Costa Câmara, acusado de envolvimento em uma suposta trama golpista. Paralelamente, o advogado do militar, Eduardo Kuntz, tornou-se alvo de um inquérito.
A decisão de Moraes se baseia em contatos identificados entre Kuntz e o tenente-coronel Mauro Cid, este último um delator no caso que apura uma tentativa de ruptura institucional. O ministro argumenta que tal comunicação configuraria uma transgressão das restrições impostas.
Moraes justificou a medida afirmando que há indícios de uma possível tentativa de obstrução das investigações por parte de Marcelo Costa Câmara e seu advogado. “São gravíssimas as condutas noticiadas nos autos, indicando, neste momento, a possível tentativa de obstrução da investigação”, declarou o ministro.
O ministro do STF ressaltou que a prerrogativa profissional da advocacia não pode servir de escudo para atividades ilícitas. “O advogado, por seus atos e manifestações no exercício da profissão encontra limites do respeito à legislação, não podendo ser utilizada como um verdadeiro escudo protetivo da prática de atividades ilícitas”, completou.
A investigação e as medidas cautelares seguem em andamento. Novas informações serão adicionadas à medida que o caso se desenvolve.
Fonte: http://revistaoeste.com