O governo Lula implementou uma medida provisória que isenta famílias de baixa renda do pagamento da conta de luz até 80 kWh mensais, através da ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica. A ação, que entra em vigor em julho, visa beneficiar mais de 15 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único.
Apesar do apelo social, a iniciativa já suscita debates acalorados. O custo estimado de R$ 4,4 bilhões não será absorvido pelo governo, mas sim repassado aos demais consumidores. Isso ocorrerá por meio de reajustes tarifários e aumento nos subsídios do setor elétrico.
Embora o governo defenda a medida como “justiça tarifária”, críticos apontam para uma realidade mais complexa. A alteração na Tarifa Social, criada em 2002, onera outros consumidores, inclusive aqueles mais pobres que não se enquadram nos critérios da isenção.
Economistas alertam para o potencial impacto inflacionário da medida. Como a energia elétrica é um insumo essencial na cadeia produtiva, o aumento dos custos pode ser repassado aos preços de bens e serviços básicos, como pães e leite.
Segundo reportagem da Revista Oeste, a proposta enfrenta resistência no Congresso, com mais de 600 emendas apresentadas. A publicação investigou os bastidores da medida, revelando os números que o governo prefere esconder e o impacto real nos bolsos dos brasileiros. Acesse a reportagem completa [neste link](https://revistaoeste.com/revista/edicao-273/todos-pagam-a-conta/).
Fonte: http://revistaoeste.com
