O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) lançou duras críticas ao governo Lula, ao Judiciário e à política brasileira em entrevista recente. Ele questionou a legitimidade da eleição de 2022 e acusou o governo de comprar apoio no Congresso, comprometendo a tomada de decisões legislativas. Suas declarações incendiaram o debate político, levantando questões sobre a governabilidade e o papel das instituições no país.
O parlamentar expressou forte discordância com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, defendendo sua participação nas eleições de 2026. Para ele, discutir alternativas seria um erro, reforçando a importância da candidatura de Bolsonaro. Luiz Philippe também criticou o Judiciário, classificando-o como “hiperativo” e atuando fora de suas competências constitucionais, comparando-o a uma nova oligarquia.
Luiz Philippe rejeitou veementemente qualquer tentativa de regulação das redes sociais, considerando-as como censura. Ele argumentou que o Congresso já havia rejeitado propostas semelhantes e que a insistência do Judiciário no tema representa uma interferência indevida. De acordo com o deputado, “Quem votou nesse governo, votou pela censura”, responsabilizando parte do eleitorado pela suposta agenda de controle.
O deputado defendeu anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, classificando os processos penais como uma “farsa”. Ele apelou para a mobilização popular contínua como forma de pressão política, ressaltando a importância da cobrança constante por parte dos cidadãos. Segundo Luiz Philippe, o “medo” é o principal obstáculo à participação da população.
Luiz Philippe propôs uma nova Constituinte para reformular o modelo político-institucional brasileiro. Ele criticou a Constituição de 1988, argumentando que ela contém dispositivos que impedem reformas necessárias. Entre as propostas defendidas estão a adoção do voto distrital, a separação entre quem arrecada e quem gasta, o fortalecimento do Parlamento e mecanismos como o voto de desconfiança.
Sobre a economia, o deputado criticou a criação do Drex, a moeda digital planejada pelo Banco Central, e defendeu a liberdade contratual e monetária. Para ele, a obrigatoriedade do Drex representaria um passo em direção ao totalitarismo. “Pode, se quiser, criar o Drex, mas que nunca institua o Drex como sendo a única moeda”, afirmou.
Ao abordar a política externa, Luiz Philippe criticou a “diplomacia falha” do Brasil, resultado de instituições internas fracas. Ele mencionou a interferência estrangeira nas eleições brasileiras e a pressão de fundos de investimento internacionais sobre os recursos naturais e políticas internas do país. O deputado concluiu afirmando que sua ambição não é ocupar cargos maiores, mas transformar o sistema político nacional.
Fonte: http://revistaoeste.com