Um assalto a uma residência no Parque Novo Mundo, Zona Norte de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (20), transformou-se em um tenso sequestro que durou cerca de duas horas. A ação criminosa, que teve como vítimas uma família inteira, culminou com a prisão do invasor após negociação com a polícia. Entre os reféns, um jovem autista de 19 anos viveu momentos de pânico até a rendição do criminoso.
O incidente teve início por volta das 8h, quando Michael Breno Firmino, de 28 anos, escalou o muro da casa localizada na Rua Pedro Taques. Armado com um revólver calibre .38, ele rendeu os cinco membros da família que estavam no local. A sorte da família começou a mudar quando um dos moradores conseguiu escapar e alertar as autoridades.
Rapidamente, equipes do 5º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano cercaram o imóvel, iniciando uma operação para libertar os reféns. Três das vítimas – o pai, que foi amarrado, a mãe e uma das filhas – foram resgatadas em segurança. No entanto, o jovem autista permaneceu sob o poder do sequestrador, tornando a situação ainda mais delicada.
Após intensas negociações conduzidas pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Michael Breno Firmino se rendeu por volta das 10h. “A rendição do criminoso foi alcançada por meio de negociação técnica, demonstrando preparo, equilíbrio e comprometimento dos policiais militares com a preservação da vida e da ordem pública”, informou a Polícia Militar em nota oficial.
Apesar de não ter sofrido ferimentos físicos, o jovem autista ficou profundamente abalado com a experiência traumática. Segundo relatos da polícia, o próprio criminoso tentou acalmá-lo em alguns momentos do sequestro. A mãe do rapaz também foi vítima de agressão no início da invasão, sendo puxada pelos cabelos pelo assaltante, que também amarrou seu marido.
Michael Breno Firmino, que já possuía antecedentes criminais por roubo e receptação, foi preso em flagrante. Ele agora responderá pelos crimes de roubo, cárcere privado e agressão. O caso foi registrado no 73º Distrito Policial, no Jaçanã, onde as investigações seguem em andamento.
Fonte: http://vistapatria.com.br