Em entrevista exclusiva à Revista Oeste, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, abordou as críticas sobre o julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro diretamente na Suprema Corte, mesmo sem foro privilegiado. Ele argumentou que a competência do STF se justifica pela natureza dos crimes e pela necessidade de uma resposta firme às ações que visaram a abolição do Estado Democrático de Direito.
Barroso rebateu as alegações de que os réus estariam sendo condenados em “lotes” e sem individualização das culpas. “Todos os acusados são julgados individualmente, com devido processo legal, fotos, vídeos e confissões acerca dos crimes”, afirmou o ministro, enfatizando a gravidade dos atos, que incluíram tentativa de golpe de Estado e depredação de patrimônio público.
O presidente do STF destacou que muitos dos atos foram praticados no tribunal ou contra o tribunal, justificando a atuação da corte. Ele também mencionou a oferta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) para acusados de crimes menos graves, que optaram por não aceitar o acordo, o que, segundo Barroso, demonstra a motivação antidemocrática de seus atos.
“É preciso ver os vídeos, a violência, a agressividade, a selvageria para deixar de lado a narrativa falsa de que eram velhinhas com a Bíblia na mão”, declarou Barroso, refutando tentativas de minimizar a seriedade dos eventos. A íntegra da entrevista está disponível na Edição 274 da Revista Oeste.
Fonte: http://revistaoeste.com
