Câmara Reprova Condenação do Governo Lula a Ataques no Irã e Aponta Alinhamento Ideológico

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados manifestou forte desaprovação à postura do governo Lula em relação aos recentes ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas. A comissão classificou a posição do governo como “lamentável”, reacendendo o debate sobre a política externa brasileira.

O governo Lula, por meio do Itamaraty, condenou os ataques, reiterando uma posição já expressa anteriormente em relação a ações de Israel contra locais de enriquecimento de urânio no Irã. A nota oficial classifica as ações como “violação da soberania” iraniana e do direito internacional, gerando críticas e questionamentos.

Para o presidente da comissão, deputado Filipe Barros (PL-PR), a reação do governo explicita uma proximidade preocupante com o regime iraniano. Barros defende que o ataque norte-americano foi “corajoso e necessário”, considerando a contenção do programa nuclear iraniano um objetivo global. “O Brasil atual tem sido muito diligente quando é para condenar Israel e os EUA, mas extremamente omisso quando o assunto é reconhecer como terroristas, organizações financiadas pelo Irã, além do próprio regime que defende publicamente a destruição do Estado de Israel”, declarou a comissão em nota.

Em resposta às críticas, o deputado Filipe Barros anunciou que a próxima reunião da CREDN debaterá uma moção de apoio a Israel. Ele lamentou o que considera um abandono da tradicional neutralidade da diplomacia brasileira, levantando preocupações sobre o futuro das relações internacionais do país.

Paralelamente, o deputado Barros protocolou um pedido de audiência pública para apurar denúncias sobre o suposto desaparecimento de urânio no Brasil e seu possível fornecimento ao Irã. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) negam veementemente qualquer exportação de urânio para o Irã, reafirmando o compromisso do Brasil com o uso pacífico da energia nuclear, conforme previsto no Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Fonte: http://revistaoeste.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *