O jornalista Paulo Figueiredo Filho, envolvido em investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022 no Brasil, prestará depoimento nesta terça-feira (24) à Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, do Congresso dos Estados Unidos. A audiência pública focará na repressão transnacional praticada por governos estrangeiros, tema que ganha relevância no cenário político atual. Figueiredo foi convidado a testemunhar sobre o que alega ser perseguição política no Brasil.
Figueiredo, neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, usou suas redes sociais para divulgar sua participação, adiantando que o foco será a suposta “repressão transnacional de Alexandre de Moraes”. A comissão americana, por sua vez, define repressão transnacional como táticas de governos estrangeiros para “prejudicar, intimidar, ameaçar, assediar ou coagir indivíduos” além de suas fronteiras.
A audiência busca avaliar esforços multilaterais para definir e coordenar respostas à repressão transnacional, analisando abordagens institucionais adotadas por diversos países, incluindo Paquistão, Índia, Hong Kong e China. A expectativa é que o debate aprofunde a compreensão sobre as nuances e desafios relacionados à proteção dos direitos humanos em um contexto globalizado.
Figueiredo declarou que pretende relatar casos de “jornalistas brasileiros, deputados federais, cidadãos americanos e até mesmo grandes empresários de tecnologia” que, segundo ele, foram alvos de perseguição. Ele também mencionou casos de brasileiros incluídos na lista vermelha da Interpol, prometendo que sua luta para expor a situação no Brasil “está longe de terminar”.
A participação de Figueiredo na audiência promete gerar debates e repercussão, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A comissão, composta por parlamentares de diferentes partidos, tem como objetivo defender os direitos humanos e as liberdades civis em escala global, o que coloca o caso brasileiro em destaque no cenário internacional.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br