O Iêmen anunciou oficialmente sua entrada na crescente tensão no Oriente Médio, declarando apoio ao Irã em seu confronto com Israel e os Estados Unidos. A escalada ocorre após recentes ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas, intensificando um conflito já volátil na região. O anúncio formal foi feito pelo porta-voz das Forças Armadas Iemenitas, Brigadeiro-General Yahya Saree.
Em um pronunciamento transmitido pela televisão estatal, Saree afirmou: “O Iêmen está oficialmente entrando na guerra (contra os Estados Unidos e Israel). Mantenham seus navios longe de nossas águas territoriais.” Embora não tenha especificado as ações militares exatas que serão tomadas, a declaração representa uma escalada significativa no conflito.
A decisão iemenita surge como resposta aos recentes bombardeios dos EUA contra três instalações nucleares iranianas – Natanz, Isfahan e Fordow. Estes ataques foram realizados em retaliação a ofensivas anteriores de Israel, que iniciou suas operações em 12 de junho, ampliando a tensão regional e provocando a reação de aliados iranianos.
Mohammed al-Bukhaiti, integrante do escritório político dos Houthis, já havia sinalizado a iminente retaliação no domingo, afirmando que a resposta ao ataque dos Estados Unidos “é apenas uma questão de tempo”. Al-Bukhaiti prometeu, na ocasião, que haveria uma resposta com alvos sensíveis dentro de Israel.
O grupo Houthi, baseado no Iêmen e alinhado ao Irã, tem intensificado seus ataques a embarcações no Mar Vermelho desde o início da ofensiva israelense contra Gaza. No dia anterior à declaração oficial, as Forças Armadas Iemenitas divulgaram uma nota condenando os bombardeios israelenses em Gaza, Líbano e Síria, além de criticar o apoio dos EUA a Israel, demonstrando um alinhamento claro com a causa iraniana.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br