Um bingo clandestino em Curitiba desafiou as autoridades e retomou suas atividades em menos de uma semana após ser fechado em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar. O caso levanta questões sobre a eficácia das ações de repressão e a persistência do jogo ilegal na capital paranaense.
Apesar da recente batida policial, que resultou na prisão de dez suspeitos e na apreensão de dinheiro e equipamentos, o local voltou a operar em ritmo acelerado. Frequentado por centenas de pessoas, o bingo eletrônico oferece rodadas rápidas e mesas lotadas, conforme apurou uma reportagem do Tá na Hora Paraná.
A reportagem revelou que o esquema se modernizou, operando com bingo eletrônico, diferente do tradicional. “O jogo é contínuo, com rodadas rápidas que colocam os participantes sob constante pressão”, destacou o veículo. O salão conta com duas salas e diversas mesas, onde a troca de cartelas é constante.
Para comunicar a reabertura, os organizadores utilizam grupos em redes sociais, mantendo uma estrutura de segurança para a operação ilegal. Um frequentador relatou que, embora nunca tenha ganhado, conhece pessoas que afirmam ter recebido prêmios. Contudo, quem se sente lesado não tem a quem recorrer, dada a natureza clandestina do negócio.
O funcionamento de bingos e outros jogos de azar é proibido no Brasil desde 1946. No entanto, o debate sobre a legalização ganhou força, com um projeto de lei aprovado na CCJ do Senado que propõe a legalização de cassinos, bingos e outras modalidades. A proposta aguarda agora votação no plenário do Senado.
Fonte: http://massa.com.br