Em uma derrota para o governo federal, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (25), a suspensão dos efeitos dos decretos que aumentavam as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão, que contou com 383 votos favoráveis e apenas 98 contrários, seguiu para o Senado, onde também foi aprovada e será promulgada.
A derrubada do aumento do IOF foi comemorada por parlamentares da oposição, que argumentam que a medida impactaria negativamente a população, especialmente os mais vulneráveis. O deputado Luciano Zucco (PL-RS), autor da proposta, criticou a gestão do governo Lula, afirmando que a questão não é falta de receita, mas sim a ausência de uma gestão eficiente e de reformas estruturantes.
Por outro lado, o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), alertou para as consequências da decisão, estimando um contingenciamento de R$ 12 bilhões, o que poderia levar à interrupção de programas sociais e cortes em áreas essenciais como saúde e educação. A discussão acalorada reflete a divisão de opiniões sobre os impactos econômicos da medida.
De acordo com o deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), líder do União, o aumento do IOF pesaria no bolso dos cidadãos que recorrem ao parcelamento, impactando diretamente o trabalhador que divide suas compras em prestações. Luiz Lima (Novo-RJ) complementou, ressaltando o impacto sobre pequenos empresários que necessitam de crédito para manter seus negócios.
A votação expôs o posicionamento de cada deputado em relação ao tema. Consulte a tabela interativa abaixo para verificar como votou cada parlamentar e entender melhor a dinâmica da decisão que suspendeu o aumento do IOF. Vale ressaltar que esta é a primeira vez em 33 anos que o Congresso derruba um decreto presidencial, desde o Decreto 430/92 do governo Collor.
Fonte: http://revistaoeste.com
