The Economist: Lula Sofre Críticas por Postura Internacional e Queda na Popularidade

Em análise publicada em 29 de junho de 2025, a revista britânica The Economist lança duras críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontando para um crescente isolamento no cenário internacional e uma queda na popularidade dentro do Brasil. A publicação argumenta que as recentes posições do governo brasileiro, em particular sobre conflitos internacionais, têm afastado o país das tradicionais democracias ocidentais.

Um dos pontos centrais da crítica reside na postura do Itamaraty, que, segundo a Economist, condenou ações dos Estados Unidos, classificando-as como “violação de soberania”. Este posicionamento, aliado à proximidade com o Irã, deve ser reforçado na cúpula do Brics, agendada para julho no Rio de Janeiro. A revista destaca que o Brasil, ao presidir o grupo de nações emergentes, incluindo China, Rússia e Irã, projeta uma imagem de crescente hostilidade em relação ao Ocidente.

“Originalmente, ser um membro ofereceu ao Brasil uma plataforma para exercer influência global. Agora, faz o Brasil parecer cada vez mais hostil ao Ocidente”, afirma a revista, ressaltando a mudança na percepção do papel do Brasil no cenário global. A publicação também questiona a falta de pragmatismo de Lula em suas relações internacionais, mencionando a ausência de diálogo com o presidente argentino Javier Milei e a priorização de laços com a China.

No âmbito doméstico, a Economist destaca a queda na aprovação do presidente Lula, com uma pesquisa PoderData indicando um aumento significativo na desaprovação. A revista atribui essa queda a fatores como a polarização política, a associação do Partido dos Trabalhadores à corrupção e as mudanças no perfil da sociedade brasileira, com o crescimento do eleitorado evangélico e da economia informal. A publicação sugere ainda que uma direita unificada pode representar um desafio considerável nas eleições presidenciais de 2026.

A análise da Economist conclui que o Brasil, apesar de possuir um significativo superávit comercial com os Estados Unidos, tem recebido pouca atenção da administração Trump. A revista sugere que o país, “relativamente distante e geopoliticamente inerte”, não é considerado tão relevante em questões como a guerra na Ucrânia ou no Oriente Médio. “Lula deveria parar de fingir que importa e se concentrar em questões mais próximas”, finaliza a publicação.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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