O advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro, negou veementemente qualquer tentativa de interferência na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. A declaração foi feita após uma investigação sobre supostas ações para influenciar o conteúdo da colaboração de Cid com a Justiça.
Bueno prestou esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF), assegurando que não buscou informações sobre a delação de Cid e que sua atuação sempre respeitou os limites éticos da profissão. A investigação em curso apura se houve, de fato, tentativas de manipular ou obstruir o processo de colaboração premiada.
Além de Bueno, outros nomes ligados ao ex-presidente Bolsonaro também estão sendo investigados. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o depoimento de Fabio Wajngarten, ex-assessor de Bolsonaro, e o próprio Bueno na Polícia Federal. Os depoimentos estão previstos para ocorrer nos próximos dias.
O caso ganhou destaque após relatos da família de Mauro Cid, que afirmaram ter sido abordada por advogados ligados a Bolsonaro. Agnes Barbosa Cid, mãe do tenente-coronel, relatou um encontro tenso com os advogados Eduardo Kuntz e Paulo Amador Cunha Bueno durante um evento de hipismo em São Paulo.
Bueno confirmou o encontro, mas minimizou a importância da conversa, classificando-a como breve e ocasional. Segundo ele, Agnes Cid o procurou para agradecer pela ajuda na inscrição de sua neta na competição. “O encontro foi bastante breve, amistoso e absolutamente protocolar”, afirmou Bueno em petição ao STF, buscando esclarecer a situação.
Fonte: http://vistapatria.com.br