Pentágono: Ataque dos EUA Atrasou Programa Nuclear Iraniano em Até Dois Anos

O Pentágono revelou nesta quarta-feira que o ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas, ocorrido em 22 de junho, retardou o programa nuclear do Irã em um período estimado de um a dois anos. A informação foi divulgada pelo porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, ajustando estimativas anteriores sobre o impacto da operação. A declaração oferece uma avaliação mais precisa das consequências da ação militar.

A operação, batizada de “Martelo da Meia-Noite”, mobilizou cerca de 125 aeronaves, incluindo bombardeiros B-2. Estes lançaram bombas antibunker de alto poder destrutivo sobre as instalações de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz. Simultaneamente, um submarino americano lançou mísseis Tomahawk contra a planta nuclear de Isfahan, ampliando o escopo do ataque.

Segundo Parnell, o consenso entre os aliados dos EUA na região e globalmente é que houve uma “degradação do programa nuclear iraniano”. Ele acrescentou que o atraso resultante da operação é “provavelmente mais próximo dos dois anos”. A avaliação considera tanto a destruição física das instalações quanto a interrupção da produção de componentes essenciais.

O dano às instalações nucleares, segundo o Pentágono, se concentra na destruição de componentes-chave para a produção de armamento nuclear. “Destruímos os componentes necessários para construir uma bomba”, afirmou Parnell. Ele ressaltou que o impacto da operação vai além da destruição de urânio enriquecido e centrífugas, afetando a infraestrutura técnica essencial.

Embora o então presidente Donald Trump tenha classificado a operação como um sucesso, um relatório de inteligência americano vazado à imprensa inicialmente indicou um atraso de apenas alguns meses no programa nuclear. O Pentágono posteriormente revisou essa avaliação, estimando o atraso em um a dois anos, conforme divulgado nesta quarta-feira.

A ofensiva americana ocorreu após semanas de tentativas diplomáticas lideradas por Trump para estabelecer um novo acordo nuclear, após a retirada dos EUA do pacto anterior em 2018. Diante da falta de progresso nas negociações, a decisão foi recorrer à ação militar. A operação contou com o apoio de uma vasta frota aérea, incluindo bombardeiros furtivos e aviões-tanque, além do submarino lançador de mísseis.

Adicionalmente, em 13 de junho, Israel iniciou uma campanha aérea direcionada a instalações nucleares, cientistas e comandantes militares iranianos. O objetivo, segundo fontes, era desarticular o programa atômico do Irã. Teerã insiste que seu programa tem fins civis, enquanto Washington e outros países argumentam que ele visa à obtenção de armas nucleares.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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