A escolha do Curupira como mascote oficial da COP30, conferência climática da ONU a ser realizada em Belém, Pará, provocou reações diversas. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) não poupou críticas à decisão do governo Lula da Silva, que apresentou o personagem folclórico como símbolo da proteção das florestas e da conexão com os povos tradicionais da Amazônia.
Ferreira ironizou a escolha nas redes sociais, afirmando que o Curupira, por “andar para trás e pegar fogo”, seria uma representação adequada da atual gestão. A publicação gerou debates acalorados entre apoiadores e críticos do governo, evidenciando a polarização em torno das políticas ambientais.
Apesar das críticas, o governo defende a escolha do Curupira como parte de uma estratégia para promover a “COP das Florestas”. A figura mítica, associada à defesa da natureza e à proteção da floresta contra ameaças, simbolizaria o compromisso do Brasil com a agenda climática.
Contudo, opositores como Nikolas Ferreira questionam a eficácia de tais representações, argumentando que elas mascaram problemas de gestão e servem como mero marketing ambiental. O deputado se posiciona contra o que chama de “ambientalismo punitivo”, alegando que essa abordagem prejudica o agronegócio e ignora a realidade socioeconômica de diversas regiões do país.
Enquanto a polêmica em torno do mascote ganha destaque, dados do Inpe indicam uma queda significativa nos focos de incêndio no primeiro semestre de 2025. Resta saber se as ações concretas do governo serão suficientes para reverter o quadro de destruição ambiental e atender às expectativas depositadas na COP30.
Fonte: http://revistaoeste.com