A Falsa Promessa da Censura: Por Que Limitar a Liberdade de Expressão é um Retrocesso

Em um debate cada vez mais polarizado, a liberdade de expressão se encontra em uma encruzilhada. Enquanto muitos defendem o direito fundamental de expressar opiniões, cresce o número de vozes que clamam por restrições, muitas vezes sob o pretexto de proteger a sociedade. Este artigo explora a armadilha da censura, argumentando que limitar a liberdade de expressão, mesmo com boas intenções, pode levar a consequências nefastas.

O autor argumenta que a verdadeira liberdade de expressão reside na capacidade de manifestar qualquer pensamento, por mais banal ou repugnante que seja. Ele enfatiza que as consequências dessas manifestações devem ser avaliadas socialmente, com mecanismos jurídicos para punir calúnias e difamações. No entanto, a limitação prévia da fala, a censura imposta antes mesmo da expressão, é vista como uma ameaça à própria liberdade.

Inspirado na filosofia grega, o texto estabelece uma analogia entre ‘potência’ e ‘ato’ para ilustrar a importância da liberdade de expressão. A capacidade de pensar e falar livremente (potência) é essencial para a ação, para a criação de soluções e para o desenvolvimento da sociedade (ato). Calar a expressão significa, portanto, sufocar o potencial humano de progresso.

A censura, segundo o autor, não apenas restringe a expressão, mas também a liberdade de pensamento e ação. Ele cita o livro ‘Da Palavra ao Medo’, de Dennys Xavier, como uma referência essencial para compreender o tema. Ao limitar a capacidade de expressar pensamentos, amputamos a própria definição de humanidade, cerceando a capacidade de pensar, falar e agir de acordo com nossas convicções.

O artigo critica a suposta novidade das ideias de controle da expressão, apontando que a censura é um padrão histórico, e não uma exceção. A promessa de segurança em troca da liberdade de expressão é vista como uma ilusão perigosa, um retrocesso aos tempos de servilismo cultural. Ao entregar ao Estado o controle das palavras, entrega-se também o controle do pensamento e da ação, um roteiro que a história já provou ser falho e opressor.

Fonte: http://revistaoeste.com

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