O governo Lula começa a trabalhar com a possibilidade real de que as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas por Donald Trump, entrem em vigor já no próximo dia 1º de agosto. Internamente, a avaliação é de que o presidente dos Estados Unidos desta vez demonstra menor inclinação a recuar, cenário que preocupa o Palácio do Planalto.
Apesar do pessimismo crescente, o governo brasileiro mantém publicamente a postura de buscar negociações. Contudo, sinais recentes da Casa Branca, conforme reportado pela BBC News Brasil, indicam uma firme disposição de Washington em manter as ameaças tarifárias, o que dificulta as tratativas.
Diversos fatores contribuem para essa avaliação pessimista, incluindo declarações e postagens recentes de Trump nas redes sociais, críticas diretas ao governo Lula e a decisão da administração americana de revogar vistos diplomáticos de ministros do STF. Esses movimentos indicam um cenário mais desafiador para o Brasil.
Fontes próximas ao presidente Lula, embora sem descartar totalmente uma reviravolta de última hora, reconhecem que as chances de reversão das tarifas diminuíram consideravelmente. A cautela é a palavra de ordem, com o governo evitando detalhar publicamente possíveis medidas de retaliação para não acirrar a crise.
Nos bastidores, auxiliares de Lula observam a guerra comercial entre EUA e China como um possível modelo, onde tarifas elevadas levaram a um acordo com taxas reduzidas. No entanto, diante do atual contexto, as perspectivas de um desfecho favorável para o Brasil são consideradas cada vez mais remotas.
Fonte: http://revistaoeste.com