A partida entre Athletico e Ferroviária, válida pela 18ª rodada da Série B, terminou empatada em 1 a 1, mas o resultado foi ofuscado por uma intensa controvérsia envolvendo a arbitragem de vídeo (VAR). A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio e o vídeo da análise do lance que culminou na marcação de um pênalti a favor da Ferroviária, gerando indignação por parte do clube paranaense.
O lance em questão ocorreu aos 32 minutos do segundo tempo, quando o árbitro Alisson Sidnei Furtado, após ser chamado pelo VAR, assinalou a penalidade máxima. A análise da equipe de vídeo apontou um toque na mão do meio-campista Dudu, do Athletico, em um cruzamento na área, alegando que o braço do jogador estaria em posição antinatural, ampliando seu espaço corporal. Essa interpretação se baseia na Regra 12 da IFAB, que trata de toques de mão em situações ofensivas ou defensivas.
Contudo, a decisão gerou revolta no Athletico. O diretor de futebol do clube, Eduardo Freeland, classificou o lance como um “erro grotesco” e cobrou providências da CBF. Freeland argumenta que as imagens não evidenciam com clareza o toque na mão e que o movimento do jogador seria natural dentro do contexto da jogada. O clube chegou a pedir o afastamento dos árbitros envolvidos.
No vídeo divulgado, é possível ouvir o árbitro da partida questionando se a bola não teria tocado antes na cabeça do atleta. No entanto, o VAR manteve sua interpretação, insistindo que o toque no braço foi direto e que este estava descolado do corpo. “Ela passa diretamente no braço. Toca no braço, tanto toca como para, e é um braço descolado do corpo. Amplia o espaço corporal”, justificou o árbitro de vídeo.
Apesar da polêmica e da contestação do Athletico, a Comissão de Arbitragem da CBF defendeu a decisão tomada em campo. Em nota oficial, a entidade afirmou que a penalidade foi assinalada de acordo com as diretrizes vigentes e que o protocolo do VAR foi corretamente aplicado. A controvérsia reacende o debate sobre a utilização da tecnologia no futebol e a subjetividade das interpretações em lances capitais.
Fonte: http://ric.com.br