O ex-presidente Jair Bolsonaro negou qualquer envolvimento nas sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Abordado por jornalistas ao sair da sede do PL em Brasília, Bolsonaro foi enfático: “Não tenho nada com isso”.
Essa declaração surge em meio a um comunicado oficial da Casa Branca, que menciona o nome de Bolsonaro e critica o que considera uma “perseguição política” contra o ex-presidente, promovida tanto pelo governo de Lula da Silva quanto pelo STF. O documento também expressa preocupação com a possível legitimidade do processo eleitoral brasileiro.
Ainda segundo o comunicado, o tratamento dispensado a Bolsonaro “contribui para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil”, além de destacar a ocorrência de abusos de direitos humanos com motivação política. O texto alerta que a “perseguição política, por meio de processos forjados, ameaça o desenvolvimento ordenado das instituições políticas, administrativas e econômicas do Brasil”.
As sanções impostas a Moraes, embasadas na Lei Magnitsky, permitem ao governo americano punir autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos. De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, bens ou investimentos do ministro em território norte-americano, se existentes, poderão ser bloqueados. Moraes é o relator de processos que envolvem Bolsonaro, incluindo a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Por determinação de Moraes, o ex-presidente está sujeito a medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, retenção de passaporte e restrições de circulação. O caso ganha contornos complexos com as acusações de perseguição política vindas de Washington, enquanto Bolsonaro se distancia das sanções impostas ao ministro do STF.
Fonte: http://revistaoeste.com