Um músico de pagode foi preso preventivamente em Curitiba, no bairro Xaxim, sob suspeita de furtar uma loja de perfumes. A alegação do suspeito para o crime chocou as autoridades: quitar uma dívida contraída no polêmico “Jogo do Tigrinho”. O caso levanta discussões sobre os perigos dos jogos de azar e suas consequências na vida real.
Após o furto, o músico utilizou suas redes sociais para tentar justificar o ato. Em um texto, ele detalhou o montante da dívida e a pressão sofrida. “Eu fiz isso tudo por conta que perdi muito dinheiro em apostas, devo para agiota ainda R$ 70 mil e peguei mais dinheiro com agiotas antes dos roubos que cometi. Sempre fui trabalhador, desde cedo ensinado pelos meus pais”, escreveu o músico.
Contudo, a justificativa não isenta o músico da responsabilidade pelo crime, segundo a polícia. O delegado Fernando Zamoner da Polícia Civil do Paraná (PCPR) afirmou que o argumento não atenua a responsabilização. A investigação segue em curso, com novas informações surgindo a partir do depoimento do suspeito.
A polícia encontrou o suspeito 10 dias após o furto e ele colaborou com as investigações. “Existe uma investigação complementar por uma possível suspeita de envolvimento em outros fatos criminosos, inclusive a partir do próprio depoimento dele, porém isso ainda é uma situação inicial”, concluiu o delegado.
Além do furto, o músico agora é investigado por possível envolvimento em outros crimes, com base em seu próprio depoimento. O caso serve como um alerta para os riscos associados ao vício em jogos de azar e o desespero que pode levar indivíduos a cometerem atos ilícitos.
Fonte: http://ric.com.br