A Women’s National Basketball Association (WNBA) enfrenta uma onda de interrupções e preocupações com a segurança, com jogos sendo repetidamente marcados pelo arremesso de brinquedos sexuais em quadra. O que começou como incidentes isolados rapidamente se transformou em uma crise, afetando a integridade das partidas e a segurança de atletas e espectadores.
Em um período de pouco mais de dez dias, pelo menos sete jogos foram interrompidos devido a essa prática. Os objetos arremessados causaram constrangimento, interromperam o fluxo das partidas e representaram um risco potencial para todos os presentes nas arenas. A liga se manifestou, classificando os incidentes como graves e prometendo medidas rigorosas.
A WNBA, em comunicado ao The Washington Post, assegurou que “a segurança de todos em nossas arenas continua sendo nossa principal prioridade”. A liga informou estar colaborando com autoridades locais e federais para identificar, processar e punir os responsáveis por esses atos. A possibilidade de processos criminais contra os envolvidos está sendo avaliada.
O primeiro incidente registrado ocorreu em 29 de julho, durante o confronto entre Atlanta Dream e Golden State Valkyries, em College Park, Geórgia. Faltando menos de um minuto para o fim da partida, um objeto foi arremessado à quadra, forçando a interrupção. O suspeito foi preso dias depois, enfrentando acusações que incluem conduta desordeira, indecência pública e invasão de propriedade.
Outros casos semelhantes se seguiram em cidades como Chicago, Los Angeles, Phoenix e Nova York. Em Phoenix, um espectador foi atingido nas costas por um dos objetos. Em Los Angeles, a jogadora Sophie Cunningham, do Indiana Fever, teve que desviar para evitar um brinquedo sexual, que foi posteriormente chutado para fora da quadra por Kelsey Plum, do Sparks. O episódio mais recente aconteceu em Chicago, durante uma partida entre Atlanta Dream e Chicago Sky.
Um grupo ligado a uma criptomoeda chamada Green Dildo Coin assumiu a responsabilidade por alguns dos incidentes, conforme relatado pelo The Washington Post. Em entrevista à ESPN, um representante do grupo alegou que o objetivo era aumentar a visibilidade da moeda digital através da exposição proporcionada pela WNBA. A liga, no entanto, não comentou sobre essa suposta motivação.
Atletas e treinadores expressaram forte desaprovação em relação aos atos. “É um desrespeito enorme”, declarou Elizabeth Williams, do Chicago Sky. A treinadora Lynne Roberts, do Los Angeles Sparks, enfatizou a importância da segurança dos jogadores e do respeito pelo jogo. “Também é perigoso, e a segurança dos jogadores vem em primeiro lugar. Respeitar o jogo”, disse Roberts.
Em resposta à crise, a WNBA implementou uma política de proibição de sacolas nas arenas, buscando dificultar a entrada de objetos ilícitos. As investigações continuam em andamento, e novas prisões e acusações formais são esperadas. A liga busca restaurar a segurança e a integridade de suas competições, garantindo um ambiente seguro e respeitoso para todos os envolvidos.
Fonte: http://esporte.ig.com.br